07- História da Moda - Década de 50 Século XX

História da Moda - Década de 50 Século XX


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Na quinta década do século XX, a moda, longe de ser revolucionária e progressista, fez mais uso das tendência da década anterior. Uma sociedade inteira, que nas décadas de 1920 e 1930, acreditou grandemente em progresso, era agora muito mais discreta.
Apesar do fato de agora as mulheres terem direito ao voto, ao trabalho e a dirigir seus próprios carros, elas escolheram vestir roupas de materiais mais luxuosos, com espartilhos e saias esvoaçantes no tamanho midi. Da mesma forma que a moda olhava pro passado, a alta costura experimentou um avivamento, fazendo assim surgir uma quantidade inimaginável de novos designers que tiveram grandes lucros com o rápido crescimento da mídia.
Por toda a década de 50, apesar de ser pela última vez, as mulheres do mundo continuaram a submeter-se às tendências da alta costura de Paris. Três dos mais proeminentes estilistas da época eram Cristóbal Balenciaga, Hubert de Givenchy, e Pierre Balmain. 
O príncipe da luxúria, Cristóbal Balenciaga Esagri  teve sua estréia na moda no fim da década de 30. No entanto, foi somente nos anos pós-guerra que as invenções super originais desse designer ficaram mais evidentes. Em 1951, ele transformou totalmente a silhueta, deixando os ombros mais largos e removendo a cintura. Em 1955, ele desenhou o vestido túnica, que mais tarde virou o vestido chemise de 1957. E eventualmente, em 1959, seu trabalho culminou na linha Império, com vestidos de cintura alta e casacos com cortes no estilo de kimonos. Sua maestria no design de tecidos e suas criações desafiavam as crenças. Balenciaga também é notável como um dos poucos estilistas na história da moda que eram capazes de usar as próprias mãos para desenhar, cortar e costurar os modelos que simbolizavam o alto nível de sua arte.
Hubert de Givenchy abriu sua primeira casa de costura em 1952 e criou uma sensação com suas peças de roupas, que poderiam ser misturadas e combinadas à vontade. A mais renomada era sua blusa Bettina feita de tecido de camisas, que foi nomeada em homenagem a sua top model. Pouco tempo depois, boutiques foram abertas em Roma, Zurique e Buenos Aires. Um homem de muito bom gosto e distinção, foi talvez, mais que qualquer outro designer do período, uma parte integral de um mundo deselegante, o qual ele ajudou a definir.
Pierre Balmain abriu seu próprio salão em 1945. Foi numa série do coleções nomeadas “Jolie Madame” que ele teve seus maiores sucessos, de 1952 em diante. A visão que Balmain tinha de uma mulher elegantemente vestida era particularmente parisiense e era representada pelo glamour do “New Look”, com seus busto amplo, cintura fina e saias rodadas, cortadas com maestria e combinadas de formas criativa com tecidos em combinações sutis de cores. Sua cliente sofisticada também estava se sentindo em casa com tal elegância luxuosa, alfaiataria simples e com um look mais natural. Juntamente com seu trabalho de alta costura, o talentoso homem foi pioneiro em uma série de roupas prontas chamada Florilege e também lançou alguns perfumes que fizeram grande sucesso.
Algo também notável foi o retorno de Coco Chanel (que detestava o “New Look”) ao mundo da moda. Seus salões haviam fechado durante os anos de guerra. Em 5 de fevereiro de 1954, com mais de 70 anos, ela apresentou uma coleção que continha uma grande variedade de idéias que seriam adotadas e copiadas por mulheres do mundo todo: seu famoso terno trançado com correntes douradas, jóias brilhantes, blusas de seda em cores que combinavam com o forro dos ternos, tweeds macios, botões monogramados, laços de seda, chapéus de palha, bolsas em quilt com correntes e vestidos para noite e peles que eram maravilhas de simplicidade.
Depois da guerra, o look americano (que consistia em ombros largos, gravatas florais, calças de corte reto e camisas com colarinhos pontudos e longos que eram normalmente usados por fora do terno ao invés de para dentro) se tornou muito popular entre os homens da Europa. Alguns fabricantes em Londres investiram no avivamento da elegância Eduardiana, adotando um estilo mais justo ao corpo com a intenção de apelar para os tradicionalistas. Originalmente esse look tinha como alvo os jovens homens da cidade, que foi traduzido na moda popular como o estilo “Teddy Boy”. O look italiano, popularizado por Caraceni, Brioni, and Cifonelli, foi usado por uma geração inteira de jovens amantes, dos dois lados do Atlântico. Xadrez era muito comum na moda masculina dos anos 50, tanto em camisas como ternos, juntamente como o corte de cabelo chamado  de “ducktail”, que era visto com freqüência como um símbolo de rebeldia adolescente e acabou sendo banido das escolas.
Durante a segunda metade da década de 50, houve um movimento geral em direção a roupas menos formais, especialmente na moda masculina. 
Os designers de Hollywood criaram um tipo particular de glamour para as estrelas dos filmes americanos. A peças vestidas por Marilyn Monroe, Lauren Bacall, ou Grace Kelly eram vastamente copiadas. Falando em quantidade, uma roupa usada por uma atriz em um filme de Hollywood teria uma audiência muito maior que uma fotografia de um vestido de algum estilista famoso em alguma revista que poucos milhares de pessoas liam. Sem nem tentar observar os estilos de Paris, os estilistas focaram mais em sua própria versão de classicismo, que tinha o intuito de ser eterno, lisonjeiro e fotogênico. Usando aparentemente mais luxuosos como lantejoulas, chiffon e peles, as roupas tinham um corte simples, incluindo algum detalhe memorável, como um corte profundo nas costas de um vestido que só era visto quando a atriz virada de costas para a câmera ou algum acessório particularmente estonteante. Os estilistas mais influentes e respeitados em Hollywood entre as décadas de 30 e 50 foram Edith Head, Orry-Kelly, William Travilla, Jean Louis,Travis Banton, e Gilbert Adrian. Roupas do dia-a-dia das mulheres consistiam em casacos longos, chapéis com véus pequenos e lucas de couro. Vestidos com tamanho no joelho combinavam com colares de pérolas, que ficaram populares por causa da Primeira Dama Mamie Eisenhower. Cabelos curtos e com permanente eram o padrão para as mulheres do período.
Até o fim da década, roupas feitas em massa, que não eram feitas sob medida se tornaram muito mais populares que no passado, dando ao público geral um acesso sem precedentes aos estilos que estavam na moda.

Sabemos que Paris foi considerado como sendo o centro da Moda em todo o mundo. No entanto, entre 1960 e 1969 um abalo radical ocorreu na estrutura fundamental da Moda, veremos isso no próximo artigo.

 

textos e fotos extraídos e modificados da Wikipedia